Ementa 2° série do Ensino Médio organizado por Blocos
Primeiro Bimestre: O que é Política?; O preconceito contra Política; Política grega; Os gregos e Democracia; Política para Platão; Aristóteles e política; Maquiavel e o poder; Teoria Política para Hobbes, Locke e Rousseau; Desigualdade Social e Violência indígena e africana; Marx e a política.
Vídeo produzido pelos alunos do 2° ano do CEASP. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=7sppcnJebiQ
Segundo o Dicionário de Filosofia
Abbagnano (2007), na definição de política de Aristóteles está ligada ao bem e
ao bem supremo em que a ciência da Política cabe indagar qual deve ser a melhor
constituição em vista de satisfazer os ideais que possam ser posta em práticas. A política
tem designação à doutrina do direito e da moral; teoria do Estado; a arte da
ciência e do governo e os estudos dos comportamentos intersubjetivos. Vamos nos
focar nessa pesquisa na primeira definição que foi a herança dos gregos e na
qual Aristóteles irá fundamentar a sua teoria de Política enquanto ciência.
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Primeiro Bimestre: O que é Política?; O preconceito contra Política; Política grega; Os gregos e Democracia; Política para Platão; Aristóteles e política; Maquiavel e o poder; Teoria Política para Hobbes, Locke e Rousseau; Desigualdade Social e Violência indígena e africana; Marx e a política.
Vídeo produzido pelos alunos do 2° ano do CEASP. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=7sppcnJebiQ
O que é Política?
A palavra política deriva de politikós,
do grego, e diz respeito àquilo que é da cidade, da pólis (na Grécia Antiga),
da sociedade, ou seja, que é de interesse do homem enquanto cidadão. Já na
Grécia Antiga, um dos primeiros a tratar da política como uma prática
intrínseca aos homens foi Aristóteles, com seu livro A Política. Nas pólis os gregos participavam das
decisões da cidade na ágora que era a
praça pública e lá nasceu à democracia que é a junção de duas palavras gregas Demos – povo e Kratos – poder, logo a
exercício a democracia era exercido por todo o povo considerado cidadão, bem
claro que cidadãos na Grécia antiga eram somente homens livres, privando
mulheres, estrangeiros e escravos. E assim organizaram as três esferas de
poder: legislativa, administrativa e judiciária que cuidavam de elaborar leis,
executar e julgar para o bem a comunidade política que para o filósofo grego é
o principio ético da felicidade.
Para Aristóteles “a política não se
separa da ética, pois a vida individual está embriagada a vida comunitária.
[...] conclui que a finalidade da ação moral é a felicidade do individuo,
também a política tem por fim organizar a cidade feliz” (apud ARANHA, 1993, p.
194).
Ao conceituarmos política somos obrigados a vermos como funcionava na
Grécia antiga a democracia que era o exercício da política, assim Aranha (1993)
explica A
palavra democracia vem do grego demos ("povo") e kratia, de krátos
("governo", "poder", "autoridade"), em que os
atenienses foram o primeiro povo a elaborar teoricamente o ideal democrático,
dando ao cidadão a capacidade de decidir os destinos da pólis,
Ao longo do tempo, o termo política
deixou de ter o sentido de adjetivo (aquilo que é da cidade, sociedade) e
passou a ser um modo de “saber lidar” com as coisas da cidade, da sociedade.
Assim, fazer política pode estar associado às ações de governo e de
administração do Estado. Por outro lado, também diria respeito à forma como a
sociedade civil se relaciona com o próprio Estado.
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Democracia Grega
Prof. Tiago Augusto S. Mattos
Professor de História - CEPEMAR
A democracia surgiu na Grécia por
volta do século VI, quando um aristocrata chamado Sólon viu a necessidade de
implementar reformas devido grave crise social gerada pela escassez de terras.
Nesse contexto de crise foi elaborado
junto com a ekklesia que escolhia os
magistrados e a boulé, que elaboravam
as leis votadas nas assembléias populares, um sorteio para o preenchimento das
magistraturas. Desse modo, qualquer cidadão rico ou pobre, podia ser
magistrado. O nome desse sistema de governo era: Democracia (demos – povo e
kratos – poder, ou seja, poder ou governo do povo).
Antes da implementação da democracia,
somente eram considerados cidadãos e tinham o direito de participar da
política, homens adultos e filhos de pais atenienses. Depois dessa reforma,
todos participavam da vida política.
Em Atenas os cidadãos participavam
ativamente da vida política da cidade, ou seja, era uma democracia direta. Já
no Brasil, as decisões são tomadas pelos vereadores, prefeitos e governadores,
entre outros. Chamamos essa forma de governo de democracia indireta ou
representativa, pois escolhemos pessoas para nos representar.___________________________________________________________________________________
O perigo é a coisa política
desaparecer do mundo. Mas os preconceitos se antecipam; ‘jogam fora a criança
junto com a água do banho’, confundem aquilo que seria o fim da política com a
política em si, e apresentam aquilo que seria uma catástrofe como inerente à
própria natureza da política e sendo, por conseguinte, inevitável. Por trás dos
preconceitos contra a política, estão hoje em dia, ou seja, desde a invenção da bomba atômica, o medo da Humanidade poder varrer-se da face da Terra por meio
da política e dos meios de violência colocados à sua disposição, e –
estreitamente ligada a esse medo – a esperança da Humanidade ter juízo e, em
vez de eliminar a si mesma, eliminar a política – através de um governo mundial
que transforme o Estado numa máquina administrativa, liquide de maneira
burocrática os conflitos políticos e substitua os exércitos por tropas da
polícia. Na verdade, essa esperança é totalmente utópica quando se entende a
política em geral como uma relação entre dominadores e dominados. Sob tal ponto
de vista, conseguiríamos, em lugar da abolição da política, uma forma de dominação
despótica ampliada ao extremo, na qual o abismo entre dominadores e dominados
assumiria dimensões tão gigantescas que não seria mais possível nenhuma
rebelião, muito menos alguma forma de controle dos dominadores pelos
dominados.(...) Mas, se se entender por ‘político’ o âmbito mundial no qual os
homens se apresentam sobretudo como atuantes, conferindo aos assuntos mundanos
uma durabilidade que em geral não lhes é característica, então essa esperança
não se torna nem um pouco utópica. Na História, conseguiu-se freqüentemente
varrer do mapa o homem enquanto ser atuante, mas não em escala mundial – seja
na forma da tirania que hoje nos dá a impressão de estar fora de moda, na qual
a vontade de um homem ‘exige pista livre’; seja na forma moderna de dominação
total, na qual se deseja liberar os processos e ‘forças históricas’ impessoais supostamente
mais elevadas e escravizar os homens para elas. Na verdade, o a-político no
sentido mais profundo dessa forma de dominação mostra-se juntamente na dinâmica
que lhe é característica e que ela desencadeia, na qual, cada coisa e tudo
antes tido como ‘grande’ hoje pode cair no esquecimento – se for para manter o
movimento em impulso, deve cair mesmo. O que não pode servir para acalmar
nossas preocupações ao constatarmos que, nas democracias de massa, sem nenhum terror
e de modo quase espontâneo, por um lado toma vulto uma impotência do homem e
por outro aparece um processo similar de consumir e esquecer, como se girando
em torno de si mesmo de forma contínua, embora esses fenômenos continuem
restritos, no mundo livre e não arbitrário, à coisa política em seu sentido
mais literal e à coisa econômica.
ARENDT, H. O que é política? Tradução Reinaldo Guarany. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998 p.25 - 28.
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(Prefácio do livro "O Príncipe" de Nicolau Maquiavel.
(texto baixado do site: www.dominiopublico.gov.br, onde se encontra o texto do filósofo na integra).
O PRÍNCIPE
Nicolau Maquiavel
Costumam, o mais das
vezes, aqueles que desejam conquistar as graças de um Príncipe,
trazer-lhe aquelas coisas que consideram mais caras ou nas quais o
vejam encontrar deleite, donde se vê amiúde serem a ele oferecidos
cavalos, armas, tecidos de ouro, pedras preciosas e outros ornamentos
semelhantes, dignos de sua grandeza. Desejando eu, portanto,
oferecer-me a Vossa Magnificência com um testemunho qualquer de minha
submissão, não encontrei entre os meus cabedais coisa a mim mais cara
ou que tanto estime, quanto o conhecimento das ações dos grandes homens
apreendido através de uma longa experiência das coisas modernas e uma
contínua lição das antigas as quais tendo, com grande diligência,
longamente perscrutado e examinado e, agora, reduzido a um pequeno
volume, envio a Vossa Magnificência. E se bem julgue esta obra indigna
da presença de Vossa Magnificência, não menos confio que deva ela ser
aceita, considerado que de minha parte não lhe possa ser feito maior
oferecimento senão o dar-lhe a faculdade de poder, em tempo assaz
breve, compreender tudo aquilo que eu, em tantos anos e com tantos
incômodos e perigos, vim a conhecer. Não ornei este trabalho, nem o
enchi de períodos sonoros ou de palavras pomposas e magníficas, ou de
qualquer outra figura de retórica ou ornamento extrínseco, com os quais
muitos costumam desenvolver e enfeitar suas obras; e isto porque não
quero que outra coisa o valorize, a não ser a variedade da matéria e a
gravidade do assunto a tornarem-no agradável. Nem desejo se considere
presunção se um homem de baixa e ínfima condição ousa discorrer e
estabelecer regras a respeito do governo dos príncipes: assim como
aqueles que desenham a paisagem se colocam nas baixadas para considerar
a natureza dos montes e das altitudes e, para observar aquelas, se
situam em posição elevada sobre os montes, também, para bem conhecer o
caráter do povo, é preciso ser príncipe e, para bem entender o do
príncipe, é preciso ser do povo. Receba, pois, Vossa Magnificência este
pequeno presente com aquele intuito com que o mando; nele, se
diligentemente considerado e lido, encontrará o meu extremo desejo de
que lhe advenha àquela grandeza que a fortuna e as outras suas
qualidades lhe prometem. E se Vossa Magnificência, das culminâncias em
que se encontra, alguma vez volver os olhos para baixo, notará quão
imerecidamente suporto um grande e contínuo infortúnio.
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A mulher na política grega
Juliana Bueno
Aluna do 2°B CEASP
Na
política da Grécia Antiga as mulheres não tinham voz e nem vez, não possuíam
lugar na pólis e na ágora. Os gregos foram os primeiros a
refletir sobre política, mas atrasados em relação às mulheres, assim não sendo uma
real democracia.
As
mulheres no período clássico em que começou a reflexão filosófica e política, não
desempenhavam nenhum papel na vida pública e não detinham o direito a
cidadania, não podendo participar de nenhuma atividade política da pólis, ou
seja, elas não tinham a isègoria (igualdade de direito à palavra pública, direito de falar nas
assembléias) e lhe restavam somente o espaço do oikos - a casa, ou seja, a mulher grega não participava da vida pública,
não recebia educação e era obrigada a ficar trancada em casa.
Atualmente
a nossa política que é herança dos gregos se diferencia em vários aspectos e um
deles é o papel da mulher. Em nossa democracia elas possuem representatividade
nos poder legislativo, administrativo e judiciário, inclusive como chefes de
estado, e temos hoje varias mulheres como presidentas de países, e temos o
orgulho de citar que o nosso país e as mulheres cada vez ganham mais espaços na
vida pública. Porém existem vários espaços para serem conquistados e
preconceito a serem quebrados, como lugar de mulher é em casa cuidando dos
afazeres domésticos e crianças.
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Ética e política
Fernanda Lima
Aluna do 2°B CEASP
A política como conhecemos surgiu na
Grécia mais propriamente em Atenas, quando as pessoas se reuniam na ágora
(praça pública) para debaterem o bem da pólis (cidade grega). Segundo Aristóteles
é na política que o homem, animal político, vai atingir a felicidade, pois ali
ele desenvolve a arte de saber viver, ou seja, pensa no bem comum de todos
desenvolvendo suas virtudes.
O que percebemos na política
contemporânea são pessoas se candidatando para se darem bem e nem pensam na
população. Nisso há um distanciamento do ideal da política grega, pois o que
vemos é uma politicagem, em que os representantes da população só se
favorecerem com dinheiro público e deixam o povo a ver navios. E questionamos:
onde está a ética na Política? E as virtudes dos representantes políticos?
Sabemos que a política é uma boa coisa
para a cidade quando se tem ética, porém o que vemos é uma grande falta de consideração
e respeito ao povo, vemos políticos egocêntricos, sem virtudes e o sem mínimo
de ética. É necessário resgatar o ideal grego de política para que possamos
reformar a nossa política e quem sabe assim chegamos à felicidade.
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Hipocrisia política
Davi Lopes
Ex-aluno do CEASP
Movidos
pela esperança e não pela efetivação de uma política justa, crendo em promessas
obtemos um déficit muito grande em relação ao conhecimento político
democrático. Muitos candidatos usam da boa fé popular, em favorecimento em suas
politicagens usando os direitos humanos, o combate a desigualdade social entre
outros. Vemos uma hipocrisia, um mundo repleto de desigualdades, em que podemos
tomar como exemplo o apontamento de falhas e negligencias dos opositores, jogo
de gatos e ratos. Assim necessitamos de uma política com princípios e não somente
promessas. Como até aqui estou apontando
problemas e falhas; vou expor o que penso assim: devemos dar mais atenção à
política que nos cerca; devemos instruir nossas crianças e jovens a
participarem manifestando ativamente das causas políticas, pois do contrário
teremos sempre uma diplomacia política aristocrata elitista e lideranças
demagogas fantasiadas de “democracia”.
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O preconceito contra a política - analise do texto de Hannah Arendt
Jassiara de Abreu Ferreira
Aluna do 2°A CEMEPAR
Quando
se fala em Política, uma das primeiras imagens que nos vem à cabeça se
relaciona ao fato de pensarmos que o ato político em nada tem a ver com ética,
e que também esta é responsável por frustrar as expectativas do homem enquanto
cidadão.
Popularmente
falando, o conceito que se tem sobre Política, não é a visão de algo
democrático e fundamental para o funcionamento de uma sociedade, mas sim o
simples fato de conceituarmos Política com desonestidade, corrupção, escolhas e
alianças equivocadas, e também por medo; medo da implantação de governos
ditatoriais e disputas políticas, em meio a qual se originam conflitos de
grandeza imensurável. O homem, com pouca clareza sobre política, pensa que se
trata de um sistema com o qual ele passa a ser dominado por quem detém o poder,
o que o torna passivo diante disso.
Em
seu livro “O que é Política”, a pensadora alemã Hannah Arendt citou como
principal ponto do preconceito político, a fuga da impotência, o desesperado
desejo de ser livre na capacidade de agir. Esta citação deixa bem claro que o
individuo se vê impotente diante de uma hierarquia política.
Fato
é, que se precisa ampliar essa visão e também romper as barreiras do
preconceito político, mantendo a coerência e o livre arbítrio. Como cidadãos
temos o dever e o direito de nos organizarmos e exigir que a política esteja
voltada para benefício coletivo, pois mesmo que de forma não atuante e
profissional somos e fazemos Política.
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Política na educação infantil
Liria Lourdes de Oliveira
Aluna do 2°ano da Formação de
docentes do CEASP
A educação é essencial
para a política e a política é essencial para a educação, desde as séries
iniciais da escola.
A
escola é a instituição, onde a criança passa grande parte da sua vida e lá que
vivencia suas primeiras experiências se desenvolvendo pessoalmente e
coletivamente, intelectualmente e moralmente.
Encaramos que é
fundamental que a criança cresça preparando-se para ser membro ativo na
sociedade e não ser submetido, sendo crítico e construindo autonomia. Vemos que
seja também fundamental criar concepções de política desde o inicio da vida
escolar, formando assim um cidadão participativo com iniciativas.
Assim
a política deve ser debatida na escola desde as séries iniciais, para que o
educando tenha clareza e na sua vida adulta seja um cidadão politizado.
Segundo Bimestre: Conceito de ética; Ética e moral; Falta de ética ou de moral?; Ética grega; Ética aristotélica justo -meio; Nietzsche: a transvaloração dos valores; Ética contemporânea; Alteridade ética em Emmanuel Lévinas; O que é liberdade?; Jean Paul Sartre e a liberdade; A liberdade brasileira durante o regime militar.
Segundo Bimestre: Conceito de ética; Ética e moral; Falta de ética ou de moral?; Ética grega; Ética aristotélica justo -meio; Nietzsche: a transvaloração dos valores; Ética contemporânea; Alteridade ética em Emmanuel Lévinas; O que é liberdade?; Jean Paul Sartre e a liberdade; A liberdade brasileira durante o regime militar.
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