No
dia 18 de outubro de 2013, no centro de Estudos Clarentiano em Curitiba –
Paraná, aconteceu a III Olimpíada de Filosofia do NESEF – UFPR. Notamos que a
cada ano o público do evento vem aumentando significativamente e nesse último
encontro a participação de alunos do ensino médio foi surpreendente.
O
evento teve abertura solene com representantes das instituições presentes e
depois do café cada grupo se dirigiu a sua sala, que foram divididos por temas
abordados na disciplina de Filosofia nos três anos do Ensino médio. No final do
evento teve uma palestra com o Prof. Dr. Domenico Costella e com a Prof. Dra.
Anita Helena Schlesener que muito motivou os novos professores de Filosofia.
Aos coordenadores Prof. Dr. Geraldo Balduino Horn, Prof. Ms. Ademir Pinhelli
Mendes e todo o coletivo do NESEF –
UFPR, parabéns pela organização do evento.
O
nosso trabalho foi apresentado na sala de ética – a nossa pesquisa intitulada a
Alteridade e a Shoah é uma relação do pensamento de Emmanuel Lévinas com as
atrocidades ocorridas nos campos de concentração nazista durante a Segunda
Guerra Mundial. Assim os alunos do 2° ano vespertino do Colégio estadual
Alberto da Silva Paraná, do município de Ventania Pr, após estudos conceituais
de ética por filósofos clássicos e outros textos, iniciamos a leitura dos
textos filosóficos de Lévinas sobre a alteridade e a ética. Os alunos
propuseram a realização de um teatro representando o horror nazista, com isso a professora de história Marcia Reis,
trabalhou com eles o contexto da Guerra
e mostrou vídeos desse período histórico.
O
trabalho teve como objetivos: Conceituar ética no pensamento de Emmanuel
Lévinas;
Ler excertos das obras de
Lévinas; Preparar espaços para debater a
ética; Povocar o coletivo escolar pensar a ética;
Por
uma contextualização do pensamento de Emmanuel Lévinas, que nasceu e se
constituiu na Segunda Guerra Mundial e no Pós Guerra, brota a noção de
alteridade, pelas noções de Rosto, Nudez e Responsabilidade que visa uma
maneira de compreender a Ética. Lévinas refere-se ao Rosto como aquilo que
existe de mais nu, vindo à compreensão do mandamento “tu não matarás”. Desta
maneira, pensar a responsabilidade para com a vida, pela análise da filosofia
levinasiana faz-se lembrar que todo tipo de morte ao rosto deve ser evitada e
que não se deve deixar que novas formas de homicídio sejam cometidas.
Minha apresentação no XV Encontro Nacional de Filosofia da ANPOF realizado em outubro de 2012 em Curitiba PR. Esse projeto só foi realizado graças aos meus alunos e companheiros de trabalho. Obrigado a todos.
Quadrinhos
feito pelo Aluno Lukas Palma do CEASP. A História é baseada na Alegoria
da Carverna do Filósofo Platão e nos quadrinhos As sombras da vida de do cartunista Mauricio de Sousa.
Ementa 2° série do Ensino Médio organizado por Blocos Primeiro Bimestre: O que é Ciência?; Filosofia da Ciência; Ciência para Platão; Aristóteles e a ciência; Senso comum, Científico, Filosófico e teológico; Ciência VS Religião; Ptolomeu e Copérnico; Revoluções científicas; Paradigmas de Thomas Kuhn; Investigação científica; Ciências humanas, exatas, biológicas; Consequências sociais e políticas do uso da ciência; O que é Bioética?; Juramento de Hipócrates e Bioética, Sexualidade e Aborto
Vídeo sobre a Filosofia da ciência - Apresentação: Jonaluis da Silva de Icapuí - Faculdade Integrada da Grande Fortaleza .
JURAMENTO DE HIPÓCRATES
Eu juro, por
Apolo, médico, por Esculápio, Higeia e Panacea, e tomo por testemunhas todos os
deuses e todas as deusas, cumprir, segundo meu poder e minha razão, a promessa
que se segue: estimar, tanto quanto a meus pais, aquele que me ensinou esta
arte; fazer vida comum e, se necessário for, com ele partilhar meus bens; ter
seus filhos por meus próprios irmãos; ensinar- lhes esta arte, se eles tiverem
necessidade de aprendê-la, sem remuneração e nem compromisso escrito; fazer
participar dos preceitos, das lições e de todo o resto do ensino, meus filhos,
os de meu mestre e os discípulos inscritos segundo os regulamentos da
profissão, porém, só a estes. Aplicarei os regimes para o bem do doente segundo
o meu poder e entendimento, nunca para causar dano ou mal a alguém. A ninguém
darei por comprazer, nem remédio mortal nem um conselho que induza a perda. Do
mesmo modo não darei a nenhuma mulher uma substância abortiva. Conservarei
imaculada minha vida e minha arte. Não praticarei a talha, mesmo sobre um
calculoso confirmado; deixarei essa operação aos práticos que disso cuidam. Em
toda a casa, aí entrarei para o bem dos doentes, mantendo-me longe de todo o
dano voluntário e de toda a sedução sobretudo longe dos prazeres do amor, com
as mulheres ou com os homens livres ou escravizados. Àquilo que no exercício ou
fora do exercício da profissão e no convívio da sociedade, eu tiver visto ou
ouvido, que não seja preciso divulgar, eu conservarei inteiramente secreto. Se
eu cumprir este juramento com fidelidade, que me seja dado gozar felizmente da
vida e da minha profissão, honrado para sempre entre os homens; se eu dele me
afastar ou infringir, o contrário aconteça.
Segundo Bimestre: Conceito de Estética e Belo; A Busca da Belo; A Belo entre os gregos, na Idade Média, no Renascimento e no mundo Contemporâneo; Noções de Belo para Sócrates, Platão e Aristóteles; O corpo e a Estética; Fenomenologia do corpo (Emanuel Lévinas); Cultura e Arte; Música e a estética (Adorno); Cinema e estética; Naturalismo grego; Racionalismo e Empirismo; Kant e a crítica do Juízo estético; Schiller e o Idealismo;A pós modernidade com Derrida e o pensamento estético no Brasil.
Ementa 2° série do Ensino Médio organizado por Blocos Primeiro Bimestre: O que é Política?; O preconceito contra Política; Política grega; Os gregos e Democracia; Política para Platão; Aristóteles e política; Maquiavel e o poder; Teoria Política para Hobbes, Locke e Rousseau; Desigualdade Social e Violência indígena e africana; Marx e a política.
Vídeo produzido pelos alunos do 2° ano do CEASP. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=7sppcnJebiQ
O que é Política?
Segundo o Dicionário de Filosofia
Abbagnano (2007), na definição de política de Aristóteles está ligada ao bem e
ao bem supremo em que a ciência da Política cabe indagar qual deve ser a melhor
constituição em vista de satisfazer os ideais que possam ser posta em práticas. A política
tem designação à doutrina do direito e da moral; teoria do Estado; a arte da
ciência e do governo e os estudos dos comportamentos intersubjetivos. Vamos nos
focar nessa pesquisa na primeira definição que foi a herança dos gregos e na
qual Aristóteles irá fundamentar a sua teoria de Política enquanto ciência.
A palavra política deriva de politikós,
do grego, e diz respeito àquilo que é da cidade, da pólis (na Grécia Antiga),
da sociedade, ou seja, que é de interesse do homem enquanto cidadão. Já na
Grécia Antiga, um dos primeiros a tratar da política como uma prática
intrínseca aos homens foi Aristóteles, com seu livro A Política. Nas pólis os gregos participavam das
decisões da cidade na ágora que era a
praça pública e lá nasceu à democracia que é a junção de duas palavras gregas Demos – povo e Kratos – poder, logo a
exercício a democracia era exercido por todo o povo considerado cidadão, bem
claro que cidadãos na Grécia antiga eram somente homens livres, privando
mulheres, estrangeiros e escravos. E assim organizaram as três esferas de
poder: legislativa, administrativa e judiciária que cuidavam de elaborar leis,
executar e julgar para o bem a comunidade política que para o filósofo grego é
o principio ético da felicidade.
Para Aristóteles “a política não se
separa da ética, pois a vida individual está embriagada a vida comunitária.
[...] conclui que a finalidade da ação moral é a felicidade do individuo,
também a política tem por fim organizar a cidade feliz” (apud ARANHA, 1993, p.
194).
Ao conceituarmos política somos obrigados a vermos como funcionava na
Grécia antiga a democracia que era o exercício da política, assim Aranha (1993)
explica A
palavra democracia vem do grego demos ("povo") e kratia, de krátos
("governo", "poder", "autoridade"), em que os
atenienses foram o primeiro povo a elaborar teoricamente o ideal democrático,
dando ao cidadão a capacidade de decidir os destinos da pólis,
Ao longo do tempo, o termo política
deixou de ter o sentido de adjetivo (aquilo que é da cidade, sociedade) e
passou a ser um modo de “saber lidar” com as coisas da cidade, da sociedade.
Assim, fazer política pode estar associado às ações de governo e de
administração do Estado. Por outro lado, também diria respeito à forma como a
sociedade civil se relaciona com o próprio Estado. ___________________________________________________________________
Democracia Grega
Prof. Tiago Augusto S. Mattos
Professor de História - CEPEMAR
A democracia surgiu na Grécia por
volta do século VI, quando um aristocrata chamado Sólon viu a necessidade de
implementar reformas devido grave crise social gerada pela escassez de terras.
Nesse contexto de crise foi elaborado
junto com a ekklesia que escolhia os
magistrados e a boulé, que elaboravam
as leis votadas nas assembléias populares, um sorteio para o preenchimento das
magistraturas. Desse modo, qualquer cidadão rico ou pobre, podia ser
magistrado. O nome desse sistema de governo era: Democracia (demos – povo e
kratos – poder, ou seja, poder ou governo do povo).
Antes da implementação da democracia,
somente eram considerados cidadãos e tinham o direito de participar da
política, homens adultos e filhos de pais atenienses. Depois dessa reforma,
todos participavam da vida política.
Em Atenas os cidadãos participavam
ativamente da vida política da cidade, ou seja, era uma democracia direta. Já
no Brasil, as decisões são tomadas pelos vereadores, prefeitos e governadores,
entre outros. Chamamos essa forma de governo de democracia indireta ou
representativa, pois escolhemos pessoas para nos representar. ___________________________________________________________________________________
O preconceito contra a política e o que é de fato política hoje.
O perigo é a coisa política
desaparecer do mundo. Mas os preconceitos se antecipam; ‘jogam fora a criança
junto com a água do banho’, confundem aquilo que seria o fim da política com a
política em si, e apresentam aquilo que seria uma catástrofe como inerente à
própria natureza da política e sendo, por conseguinte, inevitável. Por trás dos
preconceitos contra a política, estão hoje em dia, ou seja, desde a invenção da bomba atômica, o medo da Humanidade poder varrer-se da face da Terra por meio
da política e dos meios de violência colocados à sua disposição, e –
estreitamente ligada a esse medo – a esperança da Humanidade ter juízo e, em
vez de eliminar a si mesma, eliminar a política – através de um governo mundial
que transforme o Estado numa máquina administrativa, liquide de maneira
burocrática os conflitos políticos e substitua os exércitos por tropas da
polícia. Na verdade, essa esperança é totalmente utópica quando se entende a
política em geral como uma relação entre dominadores e dominados. Sob tal ponto
de vista, conseguiríamos, em lugar da abolição da política, uma forma de dominação
despótica ampliada ao extremo, na qual o abismo entre dominadores e dominados
assumiria dimensões tão gigantescas que não seria mais possível nenhuma
rebelião, muito menos alguma forma de controle dos dominadores pelos
dominados.(...) Mas, se se entender por ‘político’ o âmbito mundial no qual os
homens se apresentam sobretudo como atuantes, conferindo aos assuntos mundanos
uma durabilidade que em geral não lhes é característica, então essa esperança
não se torna nem um pouco utópica. Na História, conseguiu-se freqüentemente
varrer do mapa o homem enquanto ser atuante, mas não em escala mundial – seja
na forma da tirania que hoje nos dá a impressão de estar fora de moda, na qual
a vontade de um homem ‘exige pista livre’; seja na forma moderna de dominação
total, na qual se deseja liberar os processos e ‘forças históricas’ impessoais supostamente
mais elevadas e escravizar os homens para elas. Na verdade, o a-político no
sentido mais profundo dessa forma de dominação mostra-se juntamente na dinâmica
que lhe é característica e que ela desencadeia, na qual, cada coisa e tudo
antes tido como ‘grande’ hoje pode cair no esquecimento – se for para manter o
movimento em impulso, deve cair mesmo. O que não pode servir para acalmar
nossas preocupações ao constatarmos que, nas democracias de massa, sem nenhum terror
e de modo quase espontâneo, por um lado toma vulto uma impotência do homem e
por outro aparece um processo similar de consumir e esquecer, como se girando
em torno de si mesmo de forma contínua, embora esses fenômenos continuem
restritos, no mundo livre e não arbitrário, à coisa política em seu sentido
mais literal e à coisa econômica.
ARENDT, H. O que é política? Tradução Reinaldo Guarany. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998 p.25 - 28.
(Prefácio do livro "O Príncipe" de Nicolau Maquiavel.
(texto baixado do site: www.dominiopublico.gov.br, onde se encontra o texto do filósofo na integra).
O PRÍNCIPE
Nicolau Maquiavel
Costumam, o mais das
vezes, aqueles que desejam conquistar as graças de um Príncipe,
trazer-lhe aquelas coisas que consideram mais caras ou nas quais o
vejam encontrar deleite, donde se vê amiúde serem a ele oferecidos
cavalos, armas, tecidos de ouro, pedras preciosas e outros ornamentos
semelhantes, dignos de sua grandeza. Desejando eu, portanto,
oferecer-me a Vossa Magnificência com um testemunho qualquer de minha
submissão, não encontrei entre os meus cabedais coisa a mim mais cara
ou que tanto estime, quanto o conhecimento das ações dos grandes homens
apreendido através de uma longa experiência das coisas modernas e uma
contínua lição das antigas as quais tendo, com grande diligência,
longamente perscrutado e examinado e, agora, reduzido a um pequeno
volume, envio a Vossa Magnificência. E se bem julgue esta obra indigna
da presença de Vossa Magnificência, não menos confio que deva ela ser
aceita, considerado que de minha parte não lhe possa ser feito maior
oferecimento senão o dar-lhe a faculdade de poder, em tempo assaz
breve, compreender tudo aquilo que eu, em tantos anos e com tantos
incômodos e perigos, vim a conhecer. Não ornei este trabalho, nem o
enchi de períodos sonoros ou de palavras pomposas e magníficas, ou de
qualquer outra figura de retórica ou ornamento extrínseco, com os quais
muitos costumam desenvolver e enfeitar suas obras; e isto porque não
quero que outra coisa o valorize, a não ser a variedade da matéria e a
gravidade do assunto a tornarem-no agradável. Nem desejo se considere
presunção se um homem de baixa e ínfima condição ousa discorrer e
estabelecer regras a respeito do governo dos príncipes: assim como
aqueles que desenham a paisagem se colocam nas baixadas para considerar
a natureza dos montes e das altitudes e, para observar aquelas, se
situam em posição elevada sobre os montes, também, para bem conhecer o
caráter do povo, é preciso ser príncipe e, para bem entender o do
príncipe, é preciso ser do povo. Receba, pois, Vossa Magnificência este
pequeno presente com aquele intuito com que o mando; nele, se
diligentemente considerado e lido, encontrará o meu extremo desejo de
que lhe advenha àquela grandeza que a fortuna e as outras suas
qualidades lhe prometem. E se Vossa Magnificência, das culminâncias em
que se encontra, alguma vez volver os olhos para baixo, notará quão
imerecidamente suporto um grande e contínuo infortúnio. ____________________________________________________________________________
A mulher na política grega
Juliana Bueno
Aluna do 2°B CEASP
Na
política da Grécia Antiga as mulheres não tinham voz e nem vez, não possuíam
lugar na pólis e na ágora. Os gregos foram os primeiros a
refletir sobre política, mas atrasados em relação às mulheres, assim não sendo uma
real democracia.
As
mulheres no período clássico em que começou a reflexão filosófica e política, não
desempenhavam nenhum papel na vida pública e não detinham o direito a
cidadania, não podendo participar de nenhuma atividade política da pólis, ou
seja, elas não tinham a isègoria (igualdade de direito à palavra pública, direito de falar nas
assembléias) e lhe restavam somente o espaço do oikos - a casa, ou seja, a mulher grega não participava da vida pública,
não recebia educação e era obrigada a ficar trancada em casa.
Atualmente
a nossa política que é herança dos gregos se diferencia em vários aspectos e um
deles é o papel da mulher. Em nossa democracia elas possuem representatividade
nos poder legislativo, administrativo e judiciário, inclusive como chefes de
estado, e temos hoje varias mulheres como presidentas de países, e temos o
orgulho de citar que o nosso país e as mulheres cada vez ganham mais espaços na
vida pública. Porém existem vários espaços para serem conquistados e
preconceito a serem quebrados, como lugar de mulher é em casa cuidando dos
afazeres domésticos e crianças.
A política como conhecemos surgiu na
Grécia mais propriamente em Atenas, quando as pessoas se reuniam na ágora
(praça pública) para debaterem o bem da pólis (cidade grega). Segundo Aristóteles
é na política que o homem, animal político, vai atingir a felicidade, pois ali
ele desenvolve a arte de saber viver, ou seja, pensa no bem comum de todos
desenvolvendo suas virtudes.
O que percebemos na política
contemporânea são pessoas se candidatando para se darem bem e nem pensam na
população. Nisso há um distanciamento do ideal da política grega, pois o que
vemos é uma politicagem, em que os representantes da população só se
favorecerem com dinheiro público e deixam o povo a ver navios. E questionamos:
onde está a ética na Política? E as virtudes dos representantes políticos?
Sabemos que a política é uma boa coisa
para a cidade quando se tem ética, porém o que vemos é uma grande falta de consideração
e respeito ao povo, vemos políticos egocêntricos, sem virtudes e o sem mínimo
de ética. É necessário resgatar o ideal grego de política para que possamos
reformar a nossa política e quem sabe assim chegamos à felicidade.
Movidos
pela esperança e não pela efetivação de uma política justa, crendo em promessas
obtemos um déficit muito grande em relação ao conhecimento político
democrático. Muitos candidatos usam da boa fé popular, em favorecimento em suas
politicagens usando os direitos humanos, o combate a desigualdade social entre
outros. Vemos uma hipocrisia, um mundo repleto de desigualdades, em que podemos
tomar como exemplo o apontamento de falhas e negligencias dos opositores, jogo
de gatos e ratos. Assim necessitamos de uma política com princípios e não somente
promessas. Como até aqui estou apontando
problemas e falhas; vou expor o que penso assim: devemos dar mais atenção à
política que nos cerca; devemos instruir nossas crianças e jovens a
participarem manifestando ativamente das causas políticas, pois do contrário
teremos sempre uma diplomacia política aristocrata elitista e lideranças
demagogas fantasiadas de “democracia”.
O preconceito contra a política - analise do texto de Hannah Arendt
Jassiara de Abreu Ferreira
Aluna do 2°A CEMEPAR
Quando
se fala em Política, uma das primeiras imagens que nos vem à cabeça se
relaciona ao fato de pensarmos que o ato político em nada tem a ver com ética,
e que também esta é responsável por frustrar as expectativas do homem enquanto
cidadão.
Popularmente
falando, o conceito que se tem sobre Política, não é a visão de algo
democrático e fundamental para o funcionamento de uma sociedade, mas sim o
simples fato de conceituarmos Política com desonestidade, corrupção, escolhas e
alianças equivocadas, e também por medo; medo da implantação de governos
ditatoriais e disputas políticas, em meio a qual se originam conflitos de
grandeza imensurável. O homem, com pouca clareza sobre política, pensa que se
trata de um sistema com o qual ele passa a ser dominado por quem detém o poder,
o que o torna passivo diante disso.
Em
seu livro “O que é Política”, a pensadora alemã Hannah Arendt citou como
principal ponto do preconceito político, a fuga da impotência, o desesperado
desejo de ser livre na capacidade de agir. Esta citação deixa bem claro que o
individuo se vê impotente diante de uma hierarquia política.
Fato
é, que se precisa ampliar essa visão e também romper as barreiras do
preconceito político, mantendo a coerência e o livre arbítrio. Como cidadãos
temos o dever e o direito de nos organizarmos e exigir que a política esteja
voltada para benefício coletivo, pois mesmo que de forma não atuante e
profissional somos e fazemos Política.
A educação é essencial
para a política e a política é essencial para a educação, desde as séries
iniciais da escola.
A
escola é a instituição, onde a criança passa grande parte da sua vida e lá que
vivencia suas primeiras experiências se desenvolvendo pessoalmente e
coletivamente, intelectualmente e moralmente.
Encaramos que é
fundamental que a criança cresça preparando-se para ser membro ativo na
sociedade e não ser submetido, sendo crítico e construindo autonomia. Vemos que
seja também fundamental criar concepções de política desde o inicio da vida
escolar, formando assim um cidadão participativo com iniciativas.
Assim
a política deve ser debatida na escola desde as séries iniciais, para que o
educando tenha clareza e na sua vida adulta seja um cidadão politizado. Segundo Bimestre: Conceito de ética; Ética e moral; Falta de ética ou de moral?; Ética grega; Ética aristotélica justo -meio; Nietzsche: a transvaloração dos valores; Ética contemporânea; Alteridade ética em Emmanuel Lévinas; O que é liberdade?; Jean Paul Sartre e a liberdade; A liberdade brasileira durante o regime militar.
Ementa 1° série do Ensino Médio organizado por Blocos
Primeiro Bimestre:O que é Filosofia?; Para que estudar Filosofia?; O Mito da Caverna de Platão;Mitologia grega; Mitologia brasileira, africana e indigena; Mito e Filosofia;Filósofos da Phisis;Heráclito e Parmênides;O Nascimento da Filosofia;Sócrates, Maiêutica e a Ironia.
Depois disto – prossegui eu – imagina a nossa natureza, relativamente à educação ou à sua falta, de acordo com a seguinte experiência. Suponhamos uns homens numa habitação subterrânea em forma de caverna, com uma entrada aberta para a luz, que se estende a todo o comprimento dessa gruta. Estão lá dentro desde a infância, algemados de pernas e pescoços, de tal maneira que só lhes é dado permanecer no mesmo lugar e olhar em frente; são incapazes de voltar a cabeça, por causa dos grilhões; serve-lhes de iluminação um fogo que se queima ao longe, numa eminência, por detrás deles; entre a fogueira e os prisioneiros há um caminho ascendente, ao longo do qual se construiu um pequeno muro, no gênero dos tapumes que os apresentadores de fantoches colocam diante do público, para mostrarem as suas habilidades por cima deles.
– Estou a ver – disse ele.
– Visiona também ao longo deste muro, homens que transportam toda a espécie de objetos, que o ultrapassam: estatuetas de homens e de animais, de pedra e de madeira, de toda a espécie de lavor; como é natural, dos que os transportam, uns falam, outros seguem calados.
– Estranho quadro e estranhos prisioneiros são esses de que tu falas – observou ele.
– Semelhantes a nós – continuei -. Em primeiro lugar, pensas que, nestas condições, eles tenham visto, de si mesmo e dos outros, algo mais que as sombras projetadas pelo fogo na parede oposta da caverna?
– Como não – respondeu ele – se são forçados a manter a cabeça imóvel toda a vida?
– E os objetos transportados? Não se passa o mesmo com eles?
– Sem dúvida.
– Então, se eles fossem capazes de conversar uns com os outros, não te parece que eles julgariam estar a nomear objetos reais, quando designavam o que viam?
– É forçoso.
– E se a prisão tivesse também um eco na parede do fundo? Quando algum dos transeuntes falasse, não te parece que eles não julgariam outra coisa, senão que era a voz da sombra que passava?
– Por Zeus, que sim!
– De qualquer modo – afirmei – pessoas nessas condições não pensavam que a realidade fosse senão a sombra dos objetos.
– É absolutamente forçoso – disse ele.
– Considera pois – continuei – o que aconteceria se eles fossem soltos das cadeias e curados da sua ignorância, a ver se, regressados à sua natureza, as coisas se passavam deste modo. Logo que alguém soltasse um deles, e o forçasse a endireitar-se de repente, a voltar o pescoço, a andar e a olhar para a luz, ao fazer tudo isso, sentiria dor, e o deslumbramento impedi-lo-ia de fixar os objetos cujas sombras via outrora. Que julgas tu que ele diria, se alguém lhe afirmasse que até então ele só vira coisas vãs, ao passo que agora estava mais perto da realidade e via de verdade, voltado para objetos mais reais?
E se ainda, mostrando-lhe cada um desses objetos que passavam, o forçassem com perguntas a dizer o que era? Não te parece que ele se veria em dificuldades e suporia que os objetos vistos outrora eram mais reais do que os que agora lhe mostravam?
– Muito mais – afirmou.
– Portanto, se alguém o forçasse a olhar para a própria luz, doer-lhe-iam os olhos e voltar-se-ia, para buscar refúgio junto dos objetos para os quais podia olhar, e julgaria ainda que estes eram na verdade mais nítidos do que os que lhe mostravam?
– Seria assim – disse ele.
– E se o arrancassem dali à força e o fizessem subir o caminho rude e íngreme, e não o deixassem fugir antes de o arrastarem até à luz do Sol, não seria natural que ele se doesse e agastasse, por ser assim arrastado, e, depois de chegar à luz, com os olhos deslumbrados, nem sequer pudesse ver nada daquilo que agora dizemos serem os verdadeiros objetos?
– Não poderia, de fato, pelo menos de repente.
– Precisava de se habituar, julgo eu, se quisesse ver o mundo superior. Em primeiro lugar, olharia mais facilmente para as sombras, depois disso, para as imagens dos homens e dos outros objetos, refletidas na água, e, por último, para os próprios objetos. A partir de então, seria capaz de contemplar o que há no céu, e o próprio céu, durante a noite, olhando para a luz das estrelas e da Lua, mais facilmente do que se fosse o Sol e o seu brilho de dia.
– Pois não!
– Finalmente, julgo eu, seria capaz de olhar para o Sol e de o contemplar, não já a sua imagem na água ou em qualquer sítio, mas a ele mesmo, no seu lugar.
– Necessariamente.
– Depois já compreenderia, acerca do Sol, que é ele que causa as estações e os anos e que tudo dirige no mundo visível, e que é o responsável por tudo aquilo de que eles viam um arremedo.
– É evidente que depois chegaria a essas conclusões.
– E então? Quando ele se lembrasse da sua primitiva habitação, e do saber que lá possuía, dos seus companheiros de prisão desse tempo, não crês que ele se regozijaria com a mudança e deploraria os outros?
– Com certeza.
– E as honras e elogios, se alguns tinham então entre si, ou prêmios para o que distinguisse com mais agudeza os objetos que passavam e se lembrasse melhor quais os que costumavam passar em primeiro lugar e quais em último, ou os que seguiam juntos, e àquele que dentre eles fosse mais hábil em predizer o que ia acontecer – parece-te que ele teria saudades ou inveja das honrarias e poder que havia entre eles, ou que experimentaria os mesmos sentimentos que em Homero, e seria seu intenso desejo “servir junto de um homem pobre, como servo da gleba”, e antes sofrer tudo do que regressar àquelas ilusões e viver daquele modo?
– Suponho que seria assim – respondeu – que ele sofreria tudo, de preferência a viver daquela maneira.
– Imagina ainda o seguinte – prossegui eu –. Se um homem nessas condições descesse de novo para o seu antigo posto, não teria os olhos cheios de trevas, ao regressar subitamente da luz do Sol?
– Com certeza.
– E se lhe fosse necessário julgar daquelas sombras em competição com os que tinham estado sempre prisioneiros, no período em que ainda estava ofuscado, antes de adaptar a vista – e o tempo de se habituar não seria pouco – acaso não causaria o riso, e não diriam dele que, por ter subido ao mundo superior, estragara a vista, e que não valia a pena tentar a ascensão? E a quem tentasse soltá-los e conduzí-los até cima, se pudessem agarrá-lo e matá-lo, não o matariam?
– Matariam, sem dúvida – confirmou ele.
– Meu caro Gláucon, este quadro – prossegui eu – deve agora aplicar se à tudo quanto dissemos anteriormente, comparando o mundo visível através dos olhos à caverna da prisão, e a luz da fogueira que lá existia à força do Sol. Quanto à subida ao mundo superior e à visão do que lá se encontra, se a tomares como a ascensão da alma ao mundo inteligível, não iludirás a minha expectativa, já que é teu desejo conhecê-la. O Deus sabe se ela é verdadeira.
Pois, segundo entendo, no limite do cognoscível é que se avista, a custo, a idéia do Bem; e, uma vez avistada, compreende-se que ela é para todos a causa de quanto há de justo e belo; que, no mundo visível, foi ela que criou a luz, da qual é senhora; e que, no mundo inteligível, é ela a senhora da verdade e da inteligência, e que é preciso vê-la para se ser sensato na vida particular e pública.
Quadrinhos feito pelo Aluno Lukas Palma do CEASP. A História é baseada na Alegoria da Carverna do Filósofo Platão e nos quadrinhos As sombras da vida de do cartunista Mauricio de Sousa.
Do Mito à Realidade
Amanda Rulka
Aluna do 1°A CEMEPAR
Nos podemos comparar o
Mito da Caverna a política?
Sim,no Mito da Caverna o filósofo Platão diz que alguns homens viviam acorrentados
dentro de uma caverna, de costas para a sua entrada, de onde viam apenas as
sombras daquilo que acontecia lá fora. Quando um deles saiu, e viu o que se
passava fora dali, voltou e contou a realidade aos que ficaram, e por isso foi
chamado de louco e foi morto.
Com a política não é muito diferente, pessoas enxergam somente sombras e pensam
que isso é a realidade acreditando assim em suas próprias mentiras. E quando
alguém tenta enxergar a verdade é subordinado.
Na realidade as pessoas sabem da verdade,
só que não as aceitam. Preferem acreditar na mentira dos políticos do que
fazerem justiça, denunciando as suas corrupções.
Isso é mais do que uma prova de que o Mito da Caverna e a política são muito
parecidos. Em ambos,as pessoas enxergam as sombras e acreditam que isso seja a
verdade, só que elas nunca tentaram enxergar isso de um modo diferente.E isso
só vai mudar quando alguém tiver a coragem de sair dessa caverna em que
vivemos e tomar algumas atitudes diante de tais situações que os políticos
nos proporcionam.
vídeo sobre o Mito da Caverna e a manipulação da mídia. Alunos de Psicologia - Faculdades Guarulhos
Quadro Ser ou Não Ser do Fantástico - apresentado pela filósofa Viviane Mosé.
O Mito da Caverna de Platão
ALGUNS DEUSES GREGOS
POSÊIDON - O irmão mais velho de Zeus e Hades é o deus do mar. Com um movimento de seu tridente, causa tempestades e terremotos - e sua fúria é famosa entre os deuses! Posêidon vive procurando aumentar seus domínios em diferentes áreas da Grécia
HADES - Mesmo sendo irmão de Zeus e Posêidon, não vive no monte Olimpo. Hades, como deus dos mortos, domina seu próprio território (ver O mundo dos mortos). Apesar de passar uma imagem ruim por sua "função", não é um deus associado ao mal
HERA - Terceira mulher de Zeus e rainha do Olimpo, Hera é a deusa do matrimônio e do parto. É vingativa com as amantes do marido e com os filhos de Zeus que elas geram. Para os gregos, Hera e Zeus simbolizam a união homem-mulher
ZEUS - O filho mais novo de Cronos e Réia (ver Início titânico) é o líder dos deuses que vivem no monte Olimpo. Ele impõe a justiça e a ordem lançando relâmpagos construídos pelos ciclopes. Zeus teve diversas esposas e casos com deusas, ninfas e humanas
AFRODITE - O nome da deusa do amor significa "nascida da espuma", porque diziam que ela havia surgido do mar. Afrodite é a mais bela das deusas. Apesar de ser esposa de Hefesto, teve vários casos - com deuses como Ares e Hermes e também com mortais
HEFESTO - Filho de Zeus e Hera, Hefesto nasceu tão fraco e feio que foi jogado pela mãe no oceano. Resgatado por ninfas, virou um famoso artesão. Impressionados com o talento dele, os deuses levaram Hefesto ao Olimpo e o nomearam deus do fogo e da forja
ARES - O terrível deus da guerra é outro filho de Zeus e Hera. No campo de batalha pode matar um mortal apenas com seu grito de guerra! Pai de vários heróis - humanos que são protegidos ou filhos de deuses -, Ares ainda se tornou um dos amantes de Afrodite
APOLO - O deus da luz (representada pelo Sol), das artes, da medicina e da música é filho de Zeus com uma titã, Leto. Na juventude, era vingativo, mas depois se tornou um deus mais calmo, usando os poderes para cura, música e previsões do futuro
ARTEMIS - Irmã gêmea de Apolo, é a deusa da caça, representada por uma mulher com um arco - contraditoriamente, também é a protetora dos animais... Artemis é uma deusa casta (virgem), que fica furiosa quando se sente ameaçada
HERMES - Filho de Zeus com a deusa Maia, o mensageiro dos deuses é o protetor de viajantes e mercadores. Representado como um homem de sandálias com asas, Hermes tinha um lado obscuro: às vezes trazia mentiras e falsas histórias
ATENA- É a deusa da sabedoria e filha de Zeus com a primeira mulher dele, Métis. Seu símbolo é a mais sábia das aves, a coruja. Habilidosa e especialista nas artes e na guerra, Atena carrega uma lança e um escudo chamado Égide.
FONTE REVISTA MUNDO ESTRANHO
SÓCRATES.
Sócrates (470/399 a. C.), filho de Sofronisco
(escultor) e de Fenarete (parteira), foi um dos maiores filósofos de toda a
história da humanidade. À semelhança de Jesus Cristo, não nos deixou nada
escrito. Tudo o que sabemos de Sócrates é através do seu discípulo, Platão.
Este, por sua vez, apresentou todas as suas idéias sob a forma de diálogos,
pela boca de Sócrates, de sorte que, até hoje, não sabemos exatamente onde
acaba o pensamento de Sócrates e onde começa o de Platão.
A vida de Sócrates foi inteiramente dedicada à
educação. Era paciente, simples e tinha um perfeito domínio sobre si mesmo.
Levantava-se cedo e encaminhava-se à praça pública (Ágora) para iniciar
os seus debates esclarecedores. Dissera que tinha abandonado a profissão de
escultor, porque, enquanto a sua mãe dava luz à criança, ele daria luz às
idéias. Na vida política, participou de três campanhas militares. É considerado
o criador do método em Filosofia.
Sócrates procura o conceito. Este é alcançado
através de perguntas. As perguntas têm um duplo caráter: ironia emaiêutica.
Na ironia, confunde o conhecimento sensível e dogmático.
Na maiêutica, dá à luz um novo conhecimento, um
aprofundamento, sem, contudo, chegar ao conhecimento absoluto. Por exemplo,
querendo apreender o conceito decoragem, dirigia-se ao um general, e
perguntava-lhe: — você que é general, poderia me dizer o que é a coragem? O
general respondia-lhe: — coragem é atacar o inimigo, nunca recuar. Porém,
Sócrates contradizia: — às vezes temos que recuar para melhor contra atacar. E
a partir daí continuava o debate ampliando o conceito.
As
contestações de Sócrates eram sempre inesperadas. Um amigo de Sócrates perguntou ao oráculo
de Delfos quem era o homem mais sábio de Atenas. O oráculo respondeu-lhe que
era Sócrates. Seu amigo tratou de confundi-lo com a observação do oráculo e
repetiu-a diante de muita gente. Sócrates comentou: o oráculo escolheu-me como
o mais sábio dos atenienses porque o oráculo sabe que eu sou o único que sabe
que não sabe nada.
Sócrates foi condenado à morte por duas razões:
não crer nos deuses e corromper a juventude. Os jovens de Atenas seguiam
Sócrates e escutavam-no, porque Sócrates ensinava-lhes a pensar por si mesmos,
e por este caminho fazia-os chegar a conclusões que poderiam parecer
subversivas. Na prisão, discutia a imortalidade da alma, ou seja, a
possibilidade de existência de outra vida além desta.
A fama de Sócrates é tal que, passados vinte e
cinco séculos, ainda estamos por resolver o problema do conhecimento de nós
mesmos.
Fonte de Consulta
Sérgio Biagi Gregório
COLLINSON,
D. Fifty Major Philosophers - A Reference Guide. London and New
York, Routledge, 1989.
Segundo Bimestre:O que é o Conhecimento?;Teoria do conhecimento;As fontes do Conhecimento;A questão da Verdade;O conhecimento para Sócrates, Platão e Aristóteles;Filosofia e Teologia – Conhecimento medieval;Idade moderna e suas correntes;René Descartes e as regras para bem conduzir a razão;Teoria do conhecimento na contemporaneidade;A Lógica.